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quinta-feira, 4 de março de 2010

Todas as etapas de aplicação do exame da OAB têm de ser apuradas, diz Cespe.

*Fonte: G1.
Para diretor do órgão, nenhuma hipótese pode ser descartada.
Pedido de abertura de sindicância interna será enviado ao reitor da UnB.
                    A investigação sobre a fraude ocorrida na segunda fase do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tem de abranger todos os passos de aplicação da prova, afirmou nesta quarta-feira (3) ao G1 Ricardo Carmona, diretor do Centro de Seleção e Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB), que realiza o exame em parceira com a OAB.
                    “Nenhuma hipótese pode ser descartada. A apuração deve incluir desde a elaboração, a impressão na gráfica, o transporte e a aplicação”, disse. Segundo ele, as provas são impressas na gráfica do próprio Cespe e a guarda do material é feita pelas equipes de aplicação.
                    Um bacharel na cidade de Osasco (SP) foi pego colando durante a prova, aplicada de forma unificada em todo o país no último domingo (28). Ele tinha as respostas anotadas a lápis nas páginas do Código Penal, que podia ser consultado.
                    Carmona disse que o custo da reaplicação do exame, se for o caso, vai depender da decisão do Conselho Federal da OAB, que se reúne no domingo (7) –até lá a correção das provas está suspensa. “Isso varia muito conforme a extensão do problema. Se for só em São Paulo, tem um custo, se for só em Osasco, outro.”
                    No total, 18,7 mil candidatos fizeram as provas em 155 locais. Em Osasco, 152 bacharéis foram aprovados para a segunda fase.
                    Carmona informou ainda que um memorando será enviado nesta tarde ao reitor em exercício da Universidade de Brasília (UnB), João Batista de Sousa, para que seja instaurada uma sindicância interna.
                    “Serão três frentes de atuação: o inquérito da Polícia Federal, o processo administrativo interno da OAB e a nossa sindicância”.
                    Na terça-feira (2), a OAB entregou à Polícia Federal notícia crime sobre o fato. Nesta quarta, a PF informou que um inquérito será instaurado para apurar o episódio.
                    A prova prático-profissional, composta por redação de peça jurídica e cinco questões práticas, além de Direito Penal, também inclui provas nas áreas de Direito Administrativo, Direito Civil, Direito Constitucional, Direito do Trabalho, Direito Empresarial e Direito Tributário.

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