*Fonte: Veja.
Com as informações vazadas – nome completo, RG, CPF, data de nascimento e nome da mãe –, criminosos podem cometer vários tipos de fraudes. Eduardo Gobetti, delegado titular da Delegacia de Estelionato do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) de São Paulo, lembra que, de posse dos dados, é possível cadastrar um chip de celular pré-pago no nome de uma vítima e usar o aparelho para ações criminosas como o golpe do falso sequestro.
Além disso, existe a possibilidade de o criminoso usar os dados do participante do Enem em documentos falsos e, assim, abrir contas em bancos, crediários e até empresas. Segundo Gobetti, muitas vezes a vítima só toma conhecimento das fraudes muito tempo depois do golpe, ao tentar fazer uma compra e descobrir que seu nome está na lista dos inadimplentes. “Tem gente que fica com o nome sujo e passa anos lutando para provar que teve seus dados utilizados indevidamente”, acrescenta o advogado Rechulski.
Na opinião do especialista, o Ministério Público deveria propor ao Inep que adotasse medidas de segurança eletrônica mais rígidas, que impeçam vazamentos no futuro. Tal proposta, que pretende corrigir uma conduta que não é ilegal mas que pode causar danos – é conhecida como Ajuizamento de Conduta. O vazamento do Inep comprometeu dados de 11.750.000 alunos que realizaram o Enem nos últimos três anos.
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