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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Estado de São Paulo vai rastrear presos em regime semiaberto a partir de novembro

*Fonte: Agência Brasil.
                    O governo de São Paulo assinou nesta terça-feira (14/9) um contrato para monitoramento eletrônico de 4.800 presos em regime semiaberto do Estado. A partir de novembro, a saída de detentos dos presídios paulistas será rastreada por equipamentos localizadores.
                    Em 60 dias, 3.000 presos que deixam os centros de detenção diariamente para trabalhar começam a ser monitorados. Já em dezembro, mais 1.800 detentos autorizados a passar os feriados do fim do ano com a família terão sua localização monitorada eletronicamente.
                    O monitoramento será feito por meio de uma tornozeleira e um rastreador que os presos serão obrigados a carregar ao deixarem os presídios. O rastreador, de tamanho semelhante ao de um telefone celular, aponta a localização do detento via sinal de telefonia celular.
                    Este equipamento ainda se comunica com a tornozeleira do detento por ondas de rádio. Desta forma, caso o preso se afaste mais de 20 metros do rastreador ou tire a tornozeleira, um alerta é enviado a uma central de monitoramento informando o local da ocorrência.
                    “O monitoramento é bom para o estado, pois ajuda no controle dos presos, e bom para o preso porque servirá como prova caso o detento seja acusado de um crime que não cometeu”, afirmou o secretário estadual de Administração Penitenciária, Lourival Gomes, que esteve hoje na cerimônia de assinatura do contrato entre o governo e o Consórcio SDS, responsável pelo rastreamento dos presos.
                    O governador de São Paulo, Alberto Goldman, disse que o monitoramento de presos é uma demanda antiga, estudada desde 2007 pelo estado. Em 2008, foi sancionada uma lei estadual autorizando o monitoramento. Agora, São Paulo passa a ser o primeiro Estado do país em que o serviço de rastreamento será contratado por meio de licitação.
                    Pelo monitoramento dos 4.800 presos durante 30 meses, o Estado pagará R$ 50,1 milhões. Segundo o próprio governador, menos de um quarto dos cerca de 22 mil presos autorizados a deixar os presídios todo dia ou em cinco feriados do ano serão rastreados.
                    Mesmo assim, Goldman afirmou que o início do monitoramento é um avanço. Em entrevista coletiva, ele chegou a dizer que o serviço fará com que mais presos recebam o benefício do regime semiaberto, reduzindo assim a lotação do sistema penitenciário do estado.
                    “Eu acredito que tem muito juiz que não concede o regime semiaberto por temer pela segurança”, afirmou o governador. “Isso pode mudar.”

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