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sábado, 9 de julho de 2011

Intensivão

*Fonte: G1.
                    A advogada Vanessa Antunes Kuhlmann, de 25 anos, fez o primeiro Exame de Ordem no final de 2009, quando estava no último semestre da faculdade. Não passou. “Estava finalizando o curso e não deu para estudar muito”, disse. Tentou novamente no primeiro semestre de 2010. O resultado saiu em agosto do ano passado. Passou. “É uma sensação indescritível ver o seu nome na lista. A vida se divide entre antes e depois da OAB.”
                    Para se preparar, começou um “intensivão” em um curso preparatório um mês antes da primeira fase. As aulas incluíam apanhados de todas as matérias e resolução de questões dos últimos exames. Trabalhava durante o dia e à noite ia assistir às aulas. Em casa, estudava e escrevia peças processuais para serem corrigidas pelos professores.
                    Fez a primeira fase em quatro das cinco horas disponíveis. “Era muito cheia de pegadinhas, de rodapé de leis, coisas muito específicas”, disse Vanessa. Mesmo assim, saiu confiante. Acertou 53 das cem questões.
                    Para a segunda fase, escolheu a área de direito do trabalho, que é a que mais gosta. Treinou muita escrita. “Você tem que saber escrever de forma clara”, afirmou Vanessa, que trabalha em uma instituição financeira em São Paulo, onde aplica, principalmente, o direito civil. Tirou 7,1. A nota máxima é dez.
                    Ex-aluna da Universidade São Francisco (USF), Vanessa disse achar que a faculdade prepara mais os alunos para a vida prática e menos para o exame da OAB. A monografia e as práticas jurídicas, obrigatórias no último ano do curso, também afastam o estudante da teoria exigida no exame, segundo a advogada. “Por isso decidi fazer curso preparatório. Lá, o foco era só para a prova. Eu fazia questão de ir a plantões e tirar todas as dúvidas que apareciam.”

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