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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Artigo: Liberdade e Você

 
QUANDO NÃO DEFENDEMOS NOSSOS DIREITOS PERDEMOS A DIGNIDADE E A DIGNIDADE NÃO SE NEGOCIA.”
 
Após a constituição de 1988, o brasileiro aprendeu a falar de liberdade, liberdade de expressão, liberdade para a exigência dos seus direitos, liberdade de crença religiosa, diversos são os tipos de liberdade. A liberdade para a exigência de nossos direitos se tornou ainda mais importante após o advento da lei de defesa do consumidor (lei 8.078/90), ficando visíveis as mudanças na sociedade em relação ao nosso direito. Às vezes quem burla o direito fica incomodado quando este é reivindicado, faz crer que continuará burlando o direito pertencente a outrem, tolhendo assim sua liberdade.
 
A liberdade significa o que? Diz Fábio de Melo: “Já somos livres, mas ainda não. Parece um jogo de palavras, mas não é. Trata-se de uma perspectiva muito interessante que pode ser explicitada de maneira simples a partir de uma frase: nem tudo que temos já é nosso, porque carece ser conhecido e conquistado.” Conquistar a liberdade é dever de cada cidadão, é direito intransferível, nossa liberdade a nós pertence, é obrigação nossa brigar todos os dias por ela. Lutar sempre, vencer é uma questão subjetiva, porém, desistir jamais.
 
O mesmo Fábio de Melo diz que todos nós somos dotados de talentos, porém é necessário exercitá-los para descobri-los. Diz Ele que a liberdade é semelhante a um talento. Devemos exercitá-la sempre. Toda vez que sofremos uma violência nossa liberdade é ameaçada. Por isso, o desafio humano da liberdade consiste em tomar posse do que se é, mas que ainda não foi totalmente alcançado.
 
O ser humano perde sua liberdade ao privar o outro da sua. Perde a liberdade quem é aprisionado e quem aprisiona. Ser livre é poder escolher seu destino, é soltar as amarras dos conflitos internos e externos, é saber levar a vida e principalmente saber VIVER A VIDA com intensidade, sabedoria e prezar sempre pelo bem de quem o cercam. A liberdade é da natureza do ser humano, privar alguém de sua liberdade, é ser prisioneiro de si mesmo.
 
Exigir de quem burlou nosso direito o cumprimento das normas sociais aplicáveis, é lutar pela liberdade perdida. Tolher a liberdade de alguém é privá-lo de sua dignidade, e dignidade não se negocia.
 
Vicente Lima Loredo
Advogado
OAB/MG-84.176
Conselheiro da OAB/MG

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