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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Entenda o caso #MEC #ENEM #2016

*Fonte: G1.
                    A realização do Enem 2016, que acontece neste sábado (5) e domingo (6), ficou parcialmente comprometida por causa das ocupações estudantis que, durante o mês de outubro, chegaram a afetar mais de 1000 escolas, institutos e universidades de pelo menos 21 estados e no Distrito Federal. As ocupações são, em sua maioria, contra a reforma do ensino médio e a PEC do teto de gastos públicos. O Enem estava previsto para ser realizado em 16.476 locais de provas de 1.727 municípios brasileiros. No dia 19 de outubro, quando o Inep divulou os locais de prova para os mais de 8,6 milhões de candidatos, o ministro da Educação, Mendonça Filho, anunciou que o Enem seria adiado nos locais de prova que estivessem ocupados por estudantes após as 23h59 do dia 31 de outubro. Na época, 181 locais de prova estavam afetados por ocupações.
                    Na tarde desta terça-feira (1º), após o fim do prazo estabelecido pelo ministro, o Inep anunciou que 303 locais de prova estavam total ou parcialmente ocupados por estudantes (o primeiro número divulgado foi 304, mas um colégio de Santa Catarina havia sido incorretamente inserido na lista, mas o Inep a corrigiu nesta quarta-feira). No total, 191.014 candidatos do Enem são afetados por essa decisão, o que representa 2,2% do total de 8,6 milhões de candidatos do Enem 2016. Segundo o Inep, esses estudantes afetados farão a prova nos dias 3 e 4 de dezembro. Ainda de acordo com o órgão, a divulgação da nota de todos os candidatos será feita simultaneamente, em janeiro de 2017.
                    A decisão indignou muitos candidatos, que usaram as redes sociais para reclamar. Segundo eles, seria injusto adiar o Enem apenas para alguns candidatos, que teriam mais quatro semanas para se preparar para o exame. Nesta quarta-feira (2), o procurador da República Oscar Costa Filho, do MPF-CE, pediu na Justiça a suspensão do exame. Segundo ele, as provas em diferentes datas, com temas diferentes da redação, fere a isonomia da seleção. "O MEC aplica a teoria da resposta ao item (TRI) na prova objetiva, o que equilibra o nível de dificuldade da prova para todos os candidatos, mesmo os que fazem uma segunda prova. Mas eles mesmos dizem que essa teoria não se aplica à redação", argumenta o procurador Oscar Costa Filho.

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