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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

"Exame de Ordem não é concurso", diz presidente da OAB/MG em abertura de Congresso

*Fonte: Ordem dos Advogados do Brasil - Seção de Minas Gerais.
                    Durante a abertura do I Congresso Mineiro de Ensino Jurídico, Estágio e Exame de Ordem: A Formação do Profissional de Direito, realizado pelas Comissões de Ensino Jurídico, Estágio e Exame de Ordem, que acontece na OAB/MG, em Belo Horizonte, o presidente da Seccional mineira, Luís Cláudio Chaves analisou a questão do Exame de Ordem, requisito essencial para a prática da advocacia. Ele reafirmou o posicionamento de Minas Gerais de que a Prova da OAB serve para manter a qualidade nos quadros da advocacia e não deve trazer “pegadinhas” ou questões formuladas como se fossem dirigidas a advogados com anos de experiência. “Não descartamos novamente regionalizar o Exame, caso o candidato não seja respeitado. As provas devem ser compatíveis com o saber de um formando em Direito. E vale ressaltar que Minas teve um bom índice de aprovação neste último exame unificado. Somos sensíveis às vantagens da unificação, como por exemplo a condição de avaliar quais regiões apresentam melhor aproveitamento e possui as melhores instituições de ensino, entre outras vantagens”, frisou.
                    Para o presidente da Comissão de Exame de Ordem da OAB/MG, Carlos Schirmer, a entidade da advocacia mineira não tem medido esforços e nem desgastes para que o candidato seja respeitado nas Provas da OAB e foi uma das que solicitaram a troca da empresa aplicadora do Exame. Ele ainda frisou que nas reuniões junto ao Conselho Federal, tem sido destacada a importância da aproximação das instituições de ensino às Comissões de Exame de Ordem. “A Prova da OAB é ferramenta necessária para avaliação da qualidade do ensino jurídico e a seriedade das instituições será provada com os resultados dos alunos nos certames. Em Minas esta benéfica aproximação já é realidade”, falou.
                    Em relação aos outros temas do evento, Luís Cláudio Chaves destacou primeiro que não concorda com a tese da adoção de uma metodologia única de ensino jurídico, dadas as características multifacetadas dos alunos e por isso considerou ser difícil estabelecer um padrão. Segundo ele, o caminho não é repetir modelos consagrados, mas sim, estimular o aluno a encontrar aptidão. “Não podemos apenas direcionar o ensino para aquele aluno vocacionado, mas sim estimular aqueles com dificuldade a encontrar o caminho. Eu mesmo pensei em abandonar o curso no 4º período, mas depois encontrei minha aptidão”, afirmou. Ele concluiu ao exaltar o trabalho da Comissão de Estágio da OAB/MG, que não se limita a trabalhar juntamente à seleção e inscrição dos que entram para os quadros da entidade, mas sim, atua indo até as faculdades para avaliar a qualidade dos Núcleos de Prática Jurídica (NPJ) e se estão efetuando as atividades que lhes são afetas, tais como atender a população carente.

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