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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Mudanças no Exame da OAB, resultado da prova 2010.3 e recursos. Fim do Exame de Ordem?

Caros amigos Oabeiros:
Três temas sumamente relevantes merecem hoje nossa reflexão:

Primeiro: Para amanhã (24.02.11) está prometido o resultado da primeira fase da prova 2010.3. Cuidado com o prazo do recurso, caso você não tenha sido aprovado. Muita gente vai postular compensação pela irregularidade na prova no que diz respeito à disciplina de Direitos Humanos. O problema reside naquelas 5 questões de Direitos Humanos. A OAB e a FGV afirmaram que não houve irregularidade. O tema é polêmico. Existe margem para discussão. Certamente virão ações do Ministério Público Federal. A divergência tende a não terminar tão cedo.

Segundo: A OAB nacional constituiu uma Comissão Provisória para estudar as mudanças na prova da OAB (Presidência de Marcus Vinicius Furtado Coêlho). Este é o momento de todos nós fazermos nossas sugestões. O que deve ser aprimorado no Exame da OAB? Quais os cuidados que devem ser tomados para evitar a fraude? Qual grau de transparência esperamos para essas provas? Que tipo de melhora esperamos na formulação das questões? Como a prova poderia ser mais objetiva etc. Esse é o momento! A Comissão tem 30 dias para concluir seus trabalhos. Vamos organizar e sistematizar nossas sugestões. Nós vamos nos encarregar de levar as melhores sugestões para o Presidente da Comissão.

Terceiro: 30 bacharéis foram liberados do exame da oab ontem (22.02.11) pela Justiça federal do Mato Grosso. As decisões são individuais. Só valem para quem acionou a Justiça. Poderão exercer a advocacia sem ter feito o exame de ordem. Você concorda com essa decisão? Claro que haverá recurso da OAB. Normalmente ela tem ganho esses recursos nos tribunais. Mas seria o caso de liberar todo mundo do exame? Sem nenhuma comprovação de mérito do aluno? E se um Representante da OAB participasse do TCC final, seria uma solução? Que rumo devemos dar para o Exame da OAB? Outras instituições estão querendo introduzir exame parecido com o da OAB, sob o argumento de que é preciso selecionar os melhores profissionais. Você concorda com isso?

Para a reflexão do lutador Oabeiro:
“Sou como uma planta do deserto. Uma única gota de orvalho é suficiente para me alimentar” (Leonel Brizola, políco brasileiro).
“Persistência é a teimosia com um objetivo” (Richard Devos, americano, empresário).
“Você nunca realmente perde até parar de tentar” (Mike Ditka, americano, técnico de futebol americano).

Avante amigo!

LUIZ FLÁVIO GOMES*
*LFG – Jurista e cientista criminal. Doutor em Direito penal pela Universidade Complutense de Madri e Mestre em Direito penal pela USP. Presidente da Rede LFG. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001). Acompanhe meu
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Um comentário:

  1. Acho que os bons advogados devem ficar tranquilos. Acredito que se da noite para o dia surgissem + 50 mil facs de direito, os rendimentos de bons juristas não diminuiriam em nada.
    O fim do exame de ordem interessa sobretudo à sociedade. Será ela que vai usufruir de bons profissionais no mercado resultantes da concorrência justa.
    Para o bom advogado, a concorrência dos seus iguais não o assusta. Que dirá de recém formados.
    Sou contador e graças a Deus acho qeu quanto mais contadores no mercado melhor.
    Vamos parar com a mediocridade gente!

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