Joel Gomes Moreira Filho
Advogado, professor universitário e vereador (PTC) de BH

Analisando esse comportamento e com base no balanço da criminalidade divulgado pela Seds, o governo implantou, recentemente, medidas para conter infrações. O reforço do policiamento no estado, que optou por direcionar os policiais militares de funções administrativas para reforçar o patrulhamento na capital, está entre as ações adotadas. A abertura de concurso público para nomear 1 mil investigadores da Polícia Civil foi também autorizada. Entretanto, essas medidas podem não ser capazes de intensificar o combate à criminalidade.
A violência deve ser enfrentada em caráter de prioridade e, para isso, é necessário analisar outras questões administrativas para amenizar os impactos sociais. Uma das mudanças é a atualização do Código Penal, com leis mais rigorosas e punições mais duras. A saída é aumentar a pena para quem comete crimes, principalmente contra a vida, restringindo a progressão de pena para pequenos delitos. Além disso, a morosidade dos processos judiciais aumenta a sensação de impunidade e, em alguns casos, leva inclusive à prescrição da possibilidade de punição do estado.
A polícia é outro ponto a ser discutido. A unificação das corporações Civil e Militar poderia gerar mais eficiência no combate ao crime e na redução de custos, uma vez que haveria o compartilhamento de estrutura e das informações. Seria necessário, nesse processo, reavaliar o papel das guardas municipais e da Polícia Federal. O Brasil precisa aumentar o seus investimentos em segurança pública e na atuação eficaz das Forças Armadas nas fronteiras, o que inibiria o tráfico de drogas e armas. O investimento em dispositivos de segurança privada e evitar sair de casa em determinados horários e locais não devem ser uma alternativa para o combate ao crime. Aumentar o policiamento e reavaliar o Código Penal são responsabilidades das autoridades públicas um assunto de alta prioridade.
*Artigo publicado no Jornal Estado de Minas, dia 18 de março de 2014.
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