*Fonte: G1.
Dados do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região, no Rio de Janeiro mostram o aumento expressivo no Estado. Em janeiro, foi registrado um aumento de 1.089 casos.

De acordo com os especialistas, as empresas estão demitindo e, muitas vezes, não possuem dinheiro para pagar os benefícios previstos em lei, como a rescisão, as férias e o 13º salário. Aos trabalhadores, só resta entrar na justiça para obter o dinheiro devido. A desempregada Cleonice dos Santos, que trabalhou por dois anos e meio em uma empresa e não recebeu parte do 13º salário e a rescisão, conta o problema que a fez entrar na justiça. “No início, a empresa estava tendo até dificuldades de efetuar o 13º salário dos funcionários, e também férias e o pagamento. O patrão fez uma reunião na empresa que, por causa da crise e dos pedidos, a empresa não estava em condições. Ele chegaram a tentar fazer um parcelamento do 13º, mas não pagaram o parcelamento todo”, explicou Cleonice.
Especialistas contam que já observam claramente o aumento na procura por processos. “O volume de processos que as empresas tem recebido é muito maior. Os próprios trabalhadores, que a gente recebe nos escritórios-modelo das faculdades, nós estamos vendo que procuram muito mais a justiça. As empresas não pagam rescisão, salários atrasados e fundo de garantia não depositado. Ao mesmo tempo, as pessoas não estão conseguindo se recolocar” afirmou Juliana Bracks, professora da Faculdade de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A professora destaca ainda que pessoas com cargo de direção e que trabalhavam como pessoa jurídica, que não costumavam procurar as vias judiciais, também estão com dificuldades de recolocação e buscando a justiça. Para ela, o acordo seria uma melhor opção, já que algumas audiências estão sendo marcadas apenas para 2018.
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