O rei Abdullah, da Arábia Saudita, anulou nesta segunda-feira uma sentença de chibatadas em uma jornalista envolvida na produção de um programa de TV em que foram feitas descrições explícitas de atividades sexuais no país.
Após ser informado sobre o assunto, o rei decidiu cancelar a sentença, que determinava que a jornalista Rozanna al Yami deveria receber 60 chibatadas. Al Yami trabalha para o canal de televisão libanês LBC, de propriedade saudita. No programa, que causou escândalo no país, três homens se gabavam de suas atividades sexuais. Os três entrevistados, assim como o cinegrafista, foram presos. Esta é a segunda vez, em dois anos, que o monarca intervém em sentenças em casos que ganharam grande destaque. O programa que deu origem à polêmica examina tabus no mundo árabe (incluindo casos de sexo fora do casamento na Arábia Saudita). Um dos entrevistados, Mazen Abdul Jawad, provocou ultraje ao descrever suas técnicas para encontrar e ter relações sexuais com mulheres sauditas. Ele se desculpou e disse que foi enganado pelo canal de TV, mas foi preso com uma pena de cinco anos e condenado a receber mil chibatadas, neste caso e até agora, sem anulação.
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