*Fonte: terra.
"Senhor! Senhor! É um minuto! A Santo Amaro estava parada". Encostado no portão da Uninove Vergueiro, na zona sul da capital paulista, Jaime de Souza Silva gritava aos seguranças para que o deixassem entrar. Eram 14h01, um minuto depois dos portões fecharem para o exame da primeira fase do VIII do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Apesar dos apelos, um dos funcionários de terno, que já entrava no prédio, simplesmente ergueu as mãos, dizendo que não podia fazer nada.
Morador da região do Grajaú, Jaime saiu de casa hoje por volta do meio-dia, e deparou com a linha 9-Esmeralda praticamente toda em manutenção. O trecho até as estações centrais eram feitos por vagarosos ônibus. Até fazer as baldeações, necessárias para chegar à região da Vergueiro, demorou demais - pelo menos um minuto a mais do que deveria.
Outro que chegou poucos segundos após o fechamento dos portões foi Daniel Oliveira, estudante do último ano de Direito na União das Instituições Educacionais do Estado de São Paulo (Uniesp). Morador de Diadema, na região metropolitana de São Paulo, Daniel contou o motivo de seu atraso. "Saí de lá perto de meio-dia e meia, mas o ônibus quebrou perto do zoológico e demorou 40 minutos para vir outro", disse o jovem de 24 anos.
Trabalhando com advocacia trabalhista desde o primeiro ano, o jovem disse querer tirar o diploma da OAB porque acha "um absurdo terminar a graduação e não tirar". "Não perdi só a prova, foram R$ 200 jogados fora. Dependo do transporte público, não tem o que fazer. Tem outra prova em dezembro", conformou-se ele.
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