*Fonte: G1.
Objetivo do grupo é afastar presidente da entidade, Júlio César Rodrigues.
Presidente da OAB/MS diz que vai se pronunciar oficialmente na terça (25).
Conselheiros titulares e suplentes da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul (OAB/MS) renunciaram aos cargos, na manhã desta segunda-feira (24). A formalização da renúncia coletiva de 49 dos 64 conselheiros ocorreu na sede da Seccional, em Campo Grande. Além dos conselheiros, também assinaram a renúncia 19 membros do Tribunal de Ética e dois membros do Conselho Federal.
Em nota, a OAB/MS confirmou a renúncia e informou que o presidente Júlio César Rodrigues falará oficialmente sobre as providências a serem tomadas na terça-feira (25). Com o ato, os advogados esperam afastar do cargo o presidente da entidade. O secretário-geral Denner Mascarenhas Barbosa afirmou que esse é um ato de protesto contra a conduta de Rodrigues e disse que os advogados foram traídos. "Não concordamos com a conduta do presidente e o protesto é contra a conduta dele e aos princípios que defendemos nesta casa. Fomos traídos nessa caminhada, mas o grupo continuará unido", afirmou.
O secretário-geral adjunto, Jully Heyder da Cunha, destacou que o futuro da Ordem está nas mãos do Conselho Federal. "Nós enviaremos uma cópia do protocolo ao Conselho Federal. O destino da OAB precisa ser definido por novas eleições. Nossa história não acaba aqui, é apenas o primeiro passo". Carmelino Resende, conselheiro e ex-presidente da OAB/MS, disse que esse é um momento histórico e que a renúncia coletiva pode ser considerada um ato de coragem, pois os que estão abrindo mão de seus cargos fazem isso pelo bem da Ordem. "Vamos em frente com novas eleições para que os advogados decidam qual é o melhor caminho".
A polêmica em torno da OAB/MS começou em outubro de 2013, quando o Ministério Público Estadual (MPE) entrou com ação questionando a contratação de Júlio César Rodrigues pelo ex-prefeito de Campo Grande Alcides Bernal (PP). O presidente da entidade teria sido contratado para prestar serviços de consultoria jurídica na execução de serviços técnicos e jurídicos de ordem processual e fiscal. O contrato verbal foi suspenso pela Justiça em janeiro.
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