*Fonte: Estadão.
O Estado de São Paulo aprovou 20,74% de seus candidatos no V Exame Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), referente à prova de dezembro de 2011, e ficou abaixo da média nacional de aprovação, de 24,52%. A Universidade de São Paulo (USP) é a única instituição paulista que aparece na lista das 20 melhores do País. E, ainda assim, caiu quatro posições no ranking em um ano: passou do quarto lugar, obtido com o exame de dezembro de 2010, para o oitavo.
Para o secretário-geral da OAB Nacional, Marcus Vinicius Furtado Coelho, isso se deve à quantidade excessiva de cursos de Direito abertos no Estado. São Paulo teve o maior número de inscritos neste exame: 23.081, entre os 106.086 presentes. “A multiplicação que ocorreu no País inteiro se verificou de forma muito forte em São Paulo. O Estado continua com faculdades de excelência, mas contém várias faculdades criadas sem critérios e contra o parecer da OAB.”
Na análise do advogado Ricardo Castilho, diretor-presidente da Escola Paulista de Direito, o mau desempenho de São Paulo não surpreende, já que é o Estado em que a ‘massificação’ do ensino é mais evidente. “Não é possível ensinar esse tipo de ciência em uma sala com 120 alunos”. Esse fato, acrescido à baixa qualificação dos professores, ajudam a explicar o resultado ruim.
O advogado Oscar Vilhena Vieira, diretor da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a quarta melhor colocada do Estado, resume: “São Paulo concentra quase metade das vagas do Brasil: tem um grupo de boas escolas em um universo muito grande de escolas menos privilegiadas.”
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