A Justiça de Pernambuco condenou na madrugada desta quarta-feira o comerciante José Ramos Lopes Neto, 47, a 79 anos de prisão por matar sua ex-mulher, Maristela Just, e de atirar nos dois filhos e no cunhado.
A sentença saiu por volta das 3h da madrugada desta quarta-feira. O comerciante condenado em regime fechado por homicídio duplamente qualificado e tentativa de homicídio qualificado. O crime ocorreu há 21 anos.
O julgamento aconteceu à revelia por júri popular em Jaboatão dos Guararapes (Grande Recife). Em sua fala, os defensores públicos alegaram desequilíbrio emocional do réu.
A Justiça decretou a prisão preventiva do réu a pedido do Ministério Público, que temia uma fuga. O pedido foi aceito no dia 19, mas corria em sigilo para não prejudicar as buscas. Ele está foragido.
Natália e Zaldo Just, filhos do casal, foram ouvidos como vítimas. Ela contou detalhes do dia do crime. O depoimento do irmão, com dois anos na ocasião, foi curto.
A ausência do réu e das testemunhas agilizou o julgamento, inicialmente previsto para durar três dias.
O crime aconteceu em 4 de abril de 1989, em Jaboatão. Maristela estava separada do ex-marido havia dois anos quando ele foi até a casa dos pais dela na tentativa de se reconciliar. Ela morreu após ser atingida por três tiros.
A bala que atingiu Natália atravessou seu braço. Zaldo levou um tiro transfixante na cabeça e teve o lado esquerdo do corpo afetado. O irmão de Maristela, Ulisses Just, também foi baleado.
O acusado foi preso em flagrante e solto cerca de um ano depois, por meio de habeas corpus. Ele aguardava o julgamento em liberdade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário