segunda-feira, 19 de julho de 2010

A justiça não é cega

*Fonte: Correio Braziliense.
                    Durante o ato foi apresentada uma peça de teatro. No banco dos réus, o método de ensino das universidades atuais. Na acusação, os estudantes. E no meio, a justiça com vendas nos olhos e um juiz amarrado com cordas que mexia de acordo com a vontade alheia. “O objetivo foi mostrar que juízes são manipulados também. Que por traz da justiça, tem, um sistema, o capitalismo, a educação mercantilizada. Como resultado final tirou-se a venda dos olhos da justiça, para mostrar que a justiça tem olhos e que deve olhar a sociedade ao aplicar as leis.”
                    O calouro Gabriel de Andrade, 21, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas elogiou a atividade. “O ato foi uma forma de ultrapassar as barreiras da universidade e levar as discussões do movimento estudantil para o governo também.” Segundo ele, é preciso combater a mercantilização da educação. “Atualmente ela é tratada como mercadoria mesmo. O curso de direito tem que ser mais humanizado e menos dogmático. O encontro está sendo muito produtivo nesse sentido.”
                    Germana Dalberto, 22, estudante do 9º semestre da Faculdade de Direito de Santa Maria (Fadisma) acredita que manifestações como essa são o início de uma mudança real nos currículos. “Aposto que os alunos se sentiram parte da construção do método de ensino do direito no Brasil, responsáveis. É o primeiro passo para uma mudança, com debate e ato público, depois temos que pensar outras formas de atuação para dar continuidade.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário