*Fonte: olhardireto.
O julgamento sobre a constitucionalidade do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que deverá ocorrer em 2011 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), tem causado polêmica no meio jurídico. Com 16 anos de carreira, o advogado Paulo Taques defende a permanência do exame, mas dispara críticas contra o modelo atual da prova e contra a entidade.
“A OAB deveria usar do mesmo rigor utilizado para selecionar os que ingressam na profissão para também retirar os maus advogados do mercado”, afirmou Taques, cobrando mais eficácia do Tribunal de Ética da entidade, tanto nacional, quanto estadual.
Apesar da critica o advogado defende a permanência do exame, porem com algumas readequações. “Existem situações criadas nas questões da prova que são praticamente impossíveis na profissão. Porém concordo com a segunda fase pratica do exame. Acredito que se peca no rigor excessivo, mas espero que o STF não declare a inconstitucionalidade do exame”, justificou.
Taques também faz um alerta sobre o ensino “sofrível” do mercado. “As universidades, com raras exceções, tornaram-se uma indústria de bacharéis”, enfatizou.
Paulo Taques ressalta ainda que todas as profissões deveriam selecionar seus profissionais, melhorando assim a qualidade dos serviços oferecidos. Apesar de acreditar que o mercado também faz o papel de selecionar os bons e maus advogados, nem sempre é capaz de tirá-los de suas atividades.
O advogado destaca ainda que falta uma melhor fiscalização com relação a atuação de advogados registros cassados ou suspensos. “Muitos têm o registro suspenso por 90 dias, mas continuam atuando e nada é feito”, declarou.
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