*Fonte: terra.
A primeira fase do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que será realizado neste domingo em todo o País, terá uma novidade a partir desta edição: ao invés de responder a 100 questões objetivas num prazo de cinco horas, o candidato terá o mesmo tempo para fazer 80 perguntas. Segundo o professor Nestor Távora, coordenador do cursinho preparatório da LFG, isso não quer dizer que "sobrará" mais tempo para resolver as perguntas, muito menos que a prova será mais "fácil".
"Eu estou alertando os estudantes para que controlem o tempo. A FGV (Fundação Getúlio Vargas) pode apresentar questões mais extensas, que demandem maior interpretação", afirma. De acordo com Távora, se isso se confirmar, os candidatos terão que administrar o tempo para que não sejam surpreendidos no final do teste.
"A dica que eu dou é sempre deixar os últimos trinta minutos para preencher a grade de respostas. Se ficou alguma questão sem responder, deixa de lado, para não comprometer toda a prova", diz. Sobre o nível de dificuldade do exame, o professor afirma que deve se manter o mesmo padrão das seleções anteriores feitas pela FGV. "Não teremos nenhuma surpresa. Quem fez as últimas provas sabe o que será cobrado".
Para Távora, o elevado índice de reprovação no último exame - mais de 88% dos bacharéis em Direito foram reprovados - deixou os candidatos mais nervosos. "É natural que um índice de reprovação mais alto cause maior nervosismo, mas o candidato que estudou e está preparado deve manter a tranquilidade".
Para a bacharel em Direito Tâmira Giehl, 24 anos, é difícil controlar a ansiedade a dois dias do exame. Formada em 2009 pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), no interior do Rio Grande do Sul, ela vai prestar o exame pela quinta vez. "Acho que agora estou preparada, consegui estudar bastante. É preciso ficar mais calma, porque a angústia atrapalha muito na hora da prova", afirma.
Tâmira faz um cursinho preparatório pela internet e estuda cerca de seis horas por dia. "Eu separei as matérias e me foquei nas que tenho mais dificuldade. Assisti todas as aulas do curso, fiz anotações dos pontos mais difíceis e me foquei nas leituras", conta. Apesar de criticar a dificuldade do exame, a jovem considera o exame importante para selecionar os profissionais. "Só acho que eles estão exigindo demais, vários advogados já falaram que não teriam condições de passar em uma prova dessas. A faculdade também não prepara para isso", afirma.
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