*Fonte: OAB.
De acordo com o relatório, 92,2 milhões de ações estavam em tramite até 2012, o que significa um crescimento de 10,6% nos últimos quatro anos. Esse número é 4,3% maior que o do ano anterior. O documento ainda divulga que houve crescimento de casos novos desde 2009 (14,8%) e esse número é superior ao de processos baixados (10%) e de sentenças (4,7%). Com isso, os casos pendentes estão crescendo a cada ano (aumento de 2,6% em 2012 e de 8,9% no quadriênio).
Durante o lançamento, o ministro Joaquim Barbosa, presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ressaltou que dos 92,2 milhões de processos em tramite em 2012, 28 milhões eram casos novos. Ele alertou que o Judiciário não tem conseguido atender à crescente demanda, mesmo tendo registrado, entre 2011 e 2012, um aumento de despesas de 7,2% e uma elevação de 34% nos gastos com informática. Ele lembrou também que nesse mesmo período o número de magistrados aumentou 3,2%.
A conselheira e presidente da Comissão Permanente de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento do CNJ, ministra Maria Cristina Peduzzi, responsável pelo trabalho, o levantamento faz um diagnóstico da Justiça brasileira. “São apresentados dados relacionados ao orçamento, recursos humanos, litigiosidade, congestionamento e produtividade. Divulgar o Relatório é incentivar a transparência, a publicidade e o controle social. Os números permitem refletir sobre o planejamento da gestão do Judiciário e detectar os pontos de entrave”.
Além da conselheira, apresentaram o documento os conselheiros do CNJ, da Justiça Federal, Guilherme Calmon; da Justiça do Trabalho, Rubens Curado e da Justiça Estadual, Ana Maria Amarante. Também participaram do evento o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Carlos Alberto; o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins e o advogado geral da União, Luís Inácio Adams.
O lançamento do Relatório é a atividade de abertura do Seminário “A Administração da Justiça e a garantia de direitos: diálogos sobre a eficiência na gestão do Poder Judiciário”.
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