*Fonte: G1.
Para presidente da OAB Itapetininga, 'temor' se deve à má qualidade do ensino.
Professores alertam para preparação desde o começo do curso.
O exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) completa 40 anos em 2014. Conhecida por ser rigorosa, a prova é obrigatória para que bacharéis em direito possam trabalhar em áreas como a advocacia e promotoria. A fama do exame não é exagerada, afinal, apenas 12 mil de um total de 100 mil candidatos foram aprovados na última prova de 2013. Para o presidente da OAB Itapetininga (SP), Luiz Gonzaga, a dificuldade encontrada pelos estudantes está na má qualidade do ensino que muitas faculdades oferecem. “As faculdades, hoje em dia, se proliferaram muito. E a qualidade do ensino caiu, por isso, existem hoje vários cursos preparatórios. Quer dizer, o aluno sai da faculdade sem condições de passar em um concurso”, afirma.
O exame foi criado em 1971 e passou a ser obrigatória em 1974. Naquela época era realizada em duas fases - escrita e oral - e reunia poucos candidatos. Em 2010 foi unificada, ou seja, o mesmo sistema é aplicado em todo o país. Além disso, passou para quatro fases e três exames realizados anualmente. A prova é temida por muitos estudantes de direito, principalmente aqueles que iniciaram o curso recentemente. No caso do estudante Leonardo Costa de Camargo Barros, basta pensar no exame que a ansiedade aumenta. “Eu penso: 'Meu Deus, por onde começo. O que vou fazer'. Mas aos poucos vamos dando uma justa medida no estudo, os professores vão direcionando também, e dá uma acalmada. Mas tenho certeza que no dia da prova dá um friozinho no estômago”, ressalta.
Por este motivo, a preparação desde o primeiro ano de curso pode ser um diferencial importante para o aluno de direito que pretende prestar o exame da ordem. O coordenador de curso de direito Roberto Marques, conta que a dedicação do estudante, logo no início das aulas é um passo importante para se preparar para o mercado de trabalho. “Se o professor ensina, faz a parte dele, nós damos todas as condições possíveis, mas o aluno se acomoda e não estuda, evidentemente que ele irá mal e não vai passar”, explica.
O estudante José Elias Lopes Junior está no oitavo semestre. Recentemente fez um simulado oferecido pela faculdade e conseguiu um resultado que nem esperava. “Levei em torno de quatro horas para terminar o simulado e seria aprovado, mesmo faltando três semestres para a formação”, comenta. Mesmo no segundo ano do curso, a estudante Letícia Carolina Nalesso de Castro decidiu se preparar. Ela quer ser promotora e sabe que para isso vai precisar se empenhar muito. “Não quero chegar no último ano e ter que correr atrás do prejuízo. Este é o momento que podemos errar, sanar todas as dúvidas, porque mais para frente a situação é complicada”, completa.
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