*Fonte: uol.
Cerca de 20 universidades dos Estados Unidos foram processadas em ações conjuntas movidas por graduados em direito que não conseguiram emprego na área em que se formaram.
Segundo o jornal espanhol "El País", os profissionais alegam que as universidades descumpriram os direitos dos consumidores e que eles foram enganados por altos percentuais de empregabilidade divulgados pelas instituições. Algumas teriam informado que mais de 90% dos seus egressos estavam trabalhando na área de formação.
Ao "El País", os advogados dos estudantes disseram que as universidades sabiam que as porcentagens divulgadas não eram reais e mesmo assim mantiveram os números para atrair mais estudantes. A realidade, dizem, é que o mercado para advogados está saturado.
Os ex-alunos argumentam que, após a conclusão da graduação, acabam trabalhando como garçons e vendedores, entre outras profissões, e que suas remunerações são insuficientes para pagar os financiamentos educacionais, que podem ultrapassar 100 mil dólares – cerca de R$ 200 mil.
Apenas na Califórnia, onde a legislação para proteger os consumidores é mais avançada do que em outros Estados, foram processadas as seguintes universidades: San Francisco"s Golden Gate University, Southwestern, San Diego"s Thomas Jefferson, University of San Francisco e California Western School of Low. Estudar em cada uma dessas universidades custa, em média, 40 mil dólares (R$ 80 mil) por ano.
Quando os processos foram julgados, as decisões da Justiça podem criar precedentes não só na Califórnia, como também no restante dos Estados, aumentando o número de ações parecidas.
Um estudo realizado em 2011 nos Estados Unidos apontou que apenas 55% dos graduados em direito encontraram trabalho na área nove meses depois da formatura.
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