terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Mal na OAB, bem no Enade

*Fonte: terra.
                    Se por um lado a falta de interesse pode explicar uma nota ruim no Enade, o que leva os estudantes de uma universidade com conceito satisfatório a receber uma baixa taxa de aprovação no exame da OAB? Coordenadora do curso de direito da Faculdade Aldete Maria Alves (FAMA), de Minas Gerais, a professora Janaina dos Reis Guimarães crê que muitos alunos não se motivam a participar da prova porque não precisam da licença para as vagas que almejam em suas carreiras, mas participam da avaliação para testar seus conhecimentos. "Muitos alunos já estão empregados e não têm interesse em prestar o Exame da Ordem", garante Janaina.
                    A FAMA recebeu conceito "bom" na avaliação do MEC (nota 4, em uma escala que vai de 1 a 5), mas teve apenas 3,33% de aprovação no 8º Exame de Ordem: dos 60 participantes, somente dois receberam licença para trabalhar como advogados. Com esse resultado, ficou entre as 15 faculdades com pior desempenho na prova da OAB, realizada em 2012. "Mesmo com essa discrepância, o índice (de aprovação) melhorou muito nos últimos anos", afirma a coordenadora do curso de direito. "Não são todos os inscritos que querem exercer a advocacia: muitos acabam fazendo a prova mesmo sem querer ser advogados", avalia Janaina.
                    "No Exame de Ordem, eles estão filtrando muito. Os alunos brincam que é mais fácil passar em um concurso do que no exame da OAB. Também por isso há muito desinteresse do aluno." Para ela, a diferença nas notas também ocorre porque a faculdade fica em uma cidade pequena (Iturama é um município de aproximadamente 35 mil habitantes), que tem um papel social na região diferente de universidades maiores. "Iturama é uma regão muito carente de faculdades em volta. O MEC às vezes não tem a visão da função social de uma instituição, e a OAB menos ainda. Precisaria haver uma parceria, e não nos colocar em lados opostos da trincheira."

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