*Fonte: Época.
Para o juiz Marcos Josigrei da Silva, a conduta de Cerveró "indica o desejo claro de não se sujeitar à aplicação da lei penal e manter a salvo o patrimônio que está sob sua titularidade". O Relatório de Inteligência Financeira 14233 também mostra que, em junho de 2014, Cerveró "se desfez, em favor de seus parentes, de quatro imóveis no Rio de Janeiro". Os quatro imóveis que se situam no mesmo edifício da Rua Prudente de Morais, em Ipanema, foram trocados em uma operação de apenas R$ 560 mil. No entanto, a avaliação judicial feita em junho de 2013 revela que um imóvel no segundo andar desse mesmo edifício de Ipanema custa R$ 2,366 milhões.
Outro documento, o Relatório de Inteligência Financeira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), afirma que em 16 de dezembro - um dia antes de a Justiça Federal considerar Cerveró como um dos réus da Lava Jato -, o ex-diretor da estatal tentou sacar R$ 500 mil de fundo de previdência privada com imediata transferência de titularidade para sua filha. O Ministério Público Federal aponta outro indício de irregularidade, já que tal ação “haveria uma perda de mais de 20% da aplicação financeira”. Para o juiz, esses dados mostram que Cerveró vem tentando blindar seu patrimônio, "transferindo-o a pessoas de sua confiança".
Nenhum comentário:
Postar um comentário