*Fonte: G1.
Dados do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região, no Rio de Janeiro mostram o aumento expressivo no Estado. Em janeiro, foi registrado um aumento de 1.089 casos.
Por conta da crise econômica pela qual passa o país, o número de novos processos trabalhistas está acima da média. Dados do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região, no Rio de Janeiro mostram o aumento expressivo no Estado. É o que mostra um levantamento obtido pela GloboNews. Em janeiro de 2016, foram registrados 15.647 novos casos de processos trabalhistas. Em janeiro deste ano, o número subiu para 16.736 processos, um aumento de 1.089 casos. De 2015 para 2016, o número de aumento de processos também foi expressivo: 8,5% no Estado do Rio de Janeiro, quando a variação média anual é de 3%. Ainda assim, o Rio de Janeiro ficou abaixo da média nacional, que foi a de um crescimento de 12,3% nos processos.
De acordo com os especialistas, as empresas estão demitindo e, muitas vezes, não possuem dinheiro para pagar os benefícios previstos em lei, como a rescisão, as férias e o 13º salário. Aos trabalhadores, só resta entrar na justiça para obter o dinheiro devido. A desempregada Cleonice dos Santos, que trabalhou por dois anos e meio em uma empresa e não recebeu parte do 13º salário e a rescisão, conta o problema que a fez entrar na justiça. “No início, a empresa estava tendo até dificuldades de efetuar o 13º salário dos funcionários, e também férias e o pagamento. O patrão fez uma reunião na empresa que, por causa da crise e dos pedidos, a empresa não estava em condições. Ele chegaram a tentar fazer um parcelamento do 13º, mas não pagaram o parcelamento todo”, explicou Cleonice.
Especialistas contam que já observam claramente o aumento na procura por processos. “O volume de processos que as empresas tem recebido é muito maior. Os próprios trabalhadores, que a gente recebe nos escritórios-modelo das faculdades, nós estamos vendo que procuram muito mais a justiça. As empresas não pagam rescisão, salários atrasados e fundo de garantia não depositado. Ao mesmo tempo, as pessoas não estão conseguindo se recolocar” afirmou Juliana Bracks, professora da Faculdade de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A professora destaca ainda que pessoas com cargo de direção e que trabalhavam como pessoa jurídica, que não costumavam procurar as vias judiciais, também estão com dificuldades de recolocação e buscando a justiça. Para ela, o acordo seria uma melhor opção, já que algumas audiências estão sendo marcadas apenas para 2018.
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